Seguro de vida, garantia de tranquilidade

Antônio Penteado, Estadão

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O seguro de vida é uma importante ferramenta de estabilidade social ainda subutilizada no Brasil

No dia 1.º de setembro acontece em São Paulo o Décimo Fórum de Seguro de Vida e Previdência Privada. É um momento importante para se discutir um dos principais seguros à disposição da sociedade. Aquele que dá ao segurado a tranquilidade para enfrentar os desafios da vida, pela certeza de que, através da indenização do seguro de vida, os entes queridos estarão amparados pelo capital segurado que lhes garante uma proteção financeira para fazer frente aos desafios futuros.

Nos países desenvolvidos, o seguro de vida é uma das principais ferramentas de poupança à disposição da sociedade. Através dele, o cidadão, além de contratar um capital para ser pago aos seus beneficiários no caso da sua morte, contrata também um plano de poupança de longo prazo, que, quando sacada, lhe garante os recursos necessários para turbinar sua aposentadoria, comprar um imóvel ou realizar um sonho de vida.

No Brasil, o seguro de vida ainda não atingiu este patamar. Basicamente, as coberturas oferecidas são morte, morte acidental, invalidez total ou parcial por acidente e invalidez total por doença. É um desenho antigo, mas eficiente, que por muitas décadas cumpriu satisfatoriamente seu papel, permitindo inclusive que, nos períodos de inflação alta, a indenização fosse paga, garantindo a proteção dos beneficiários do seguro na falta de seu arrimo.

Nos últimos anos, o seguro de vida e os desenhos para modernizá-lo têm sido discutidos intensamente, inclusive com uma série de avanços sendo implementados para melhorar a proteção oferecida pelo produto. Entre eles, vale citar a garantia para doenças graves, que antecipa o pagamento do capital da apólice para o segurado custear seu tratamento quando acometido por uma doença grave, como o câncer, por exemplo.

Mas os avanços vão além. O seguro educação é um bom exemplo da utilização do seguro de vida para custear os estudos dos filhos, no caso da morte do arrimo da família. E o seguro prestamista é uma forma inteligente de não onerar a família com dívidas contraídas pelo segurado e que, independentemente de sua morte, teriam que ser pagas pelos herdeiros. A indenização do seguro quita as dívidas.

Atualmente, de acordo com informações do mercado, os seguros de vida representam menos de um por cento do PIB brasileiro, o que é irrisório quando comparado com sua participação no PIB das nações desenvolvidas.

O Brasil atravessa um momento de redefinição de seu desenho social. As desigualdades existentes condenam parte da população a viver em condições insatisfatórias e isto precisa ser urgentemente modificado. O seguro de vida, por suas características e potencial, tem tudo para ser um instrumento importante para acelerar a mudança e melhorar o padrão de vida de milhões de famílias que hoje estão praticamente desassistidas. É se debruçar sobre o problema para encontrar as formas de fazer isso. Resumindo, o seguro de vida é uma importante ferramenta de estabilidade social ainda subutilizada no Brasil.

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