Período eleitoral: veja alguns cuidados, pois algumas seguradoras podem não indenizar veículos adesivados para campanha

Jornal Dia Dia

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A campanha eleitoral para presidente, governador, senador e deputados está aquecida nos quatro cantos do Brasil. Com isso, é muito comum depararmos com veículos adesivados, porém algumas seguradoras exigem o enquadramento do automóvel para uso comercial ou fins publicitários.

Em caso de sinistro, se esse veículo não estiver de acordo com as normas exigidas pela seguradora, pode haver perda e garantia do seguro e automaticamente o cancelamento da apólice.

“Antes de tudo, o segurado precisa estar ciente que as seguradoras classificam os veículos em perfis. Existe o veículo de uso particular e o de uso comercial. Portanto, o problema surge quando o carro de uso particular for usado na campanha eleitoral. Por exemplo, transportando cabos eleitorais”, explica Felipe Wichmann, diretor utivo da BidonCred.

A orientação nestes casos é que o proprietário procure a seguradora e altere o perfil, podendo haver aceitação da seguradora ou não, conforme condições gerais de cada empresa.

Quando o veículo é utilizado somente para campanhas políticas, o segurado precisa estar ciente que algumas seguradoras caracterizam como “risco excluído” quando o veículo é utilizado somente para campanhas eleitorais, podendo ser cancelada a apólice, conforme condições gerais de cada seguradora.

Já outras seguradoras só permitem esse tipo de contratação quando o veículo for do próprio candidato ou quando estiver sendo utilizado a serviço do diretório do partido em comícios, carreatas ou ainda para transporte de pessoas e materiais de apoio da campanha, sendo imprescindível o enquadramento como uso comercial.

Felipe enfatiza que é fundamental que o proprietário do veículo mantenha contato com sua seguradora, converse com seu corretor de seguros e certifique-se quais são as normas e procedimentos da seguradora e se ela apresenta alguma restrição na cobertura do veículo. “Nós da BidonCred oferecemos apólices específicas para cada tipo de situação”, diz.

Perda da garantia do seguro

Em casos em que o veículo será utilizado para fazer campanhas políticas, comícios, carreatas ou para transportes de pessoas e/ou materiais de apoio da campanha, dependendo da seguradora pode ocorrer o cancelamento da apólice pela não aceitação do risco.

Além disso, se faz necessário o enquadramento do veículo como exercício do trabalho (comercial), veículos para exposição e fins publicitários. Portanto, é essencial o enquadramento correto e que o segurado informe ao corretor a finalidade daquele veículo.

Vale lembrar que os veículos adesivados com propaganda política não poderão contratar garantia adicional para plotagem, ou seja, em caso de sinistro a adesivação não será reparada, conforme cada seguradora e suas respectivas condições gerais.

Veículo particular

Caso o segurado possua veículo particular, onde utiliza o veículo apenas para fins particulares (de casa para o trabalho), porém há um adesivo de campanha política que cobre o vidro traseiro, ou para veículos adesivados em apenas uma parte (por exemplo, porta dianteira ou porta traseira, ou vidro traseiro), em que o adesivo seja apenas para demonstrar apoio ao candidato, não há motivos para a alteração do uso final, neste caso, considerado como uso particular.

Nesse caso, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permite o uso somente do adesivo perfurado, que é aquele que não interfere na visão do motorista. Esses tipos de adesivos devem ter no máximo o tamanho de 50 cm x 40 cm.

O utivo reforça que caso o automóvel esteja adesivado e alguém do partido contrário resolva danificar esse carro, a seguradora não o indeniza. Esse tipo de avaria decorrente de acirramento partidário não é indenizável.

Aumento do valor do seguro

Na época de campanha política, muitos eleitores expressam suas afinidades partidárias colando adesivos em seus veículos e muitos veículos são utilizados somente para este fim. Sendo necessário ter cuidado, pois algumas seguradoras exigem que a categoria da apólice seja mudada para ‘uso comercial’ ou ‘fins publicitários’. Essa mudança eleva o valor do seguro.

“O valor da contratação desse serviço dependerá diretamente de diferentes fatores. Pois as seguradoras consideram o modelo e ano de fabricação do veículo; por onde ele costuma circular; o quanto ele costuma rodar por dia; além das coberturas escolhidas. Portanto, para saber quanto ele custa é preciso entrar em contato diretamente com um franqueado e realizar uma cotação, que vai variar conforme essas características citadas. Vale lembrar que para garantir um seguro mais barato é preciso pesquisar em diversas seguradoras para conseguir a melhor oferta e saber o que é aceito pela seguradora e política da empresa, daí a importância de contar com um profissional e equipe preparada para lidar com esse assunto para evitar mal-entendidos”, finaliza o diretor utivo.

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