Wesley Ribeiro e Vilmara Fernandes De A Gazeta
Mesmo com alerta, população não está economizando.
Presidente da Cesan informou que situação se agravou nos últimos 15 dias.
O risco de adoção de racionamento de água para os moradores da Grande Vitória aumentou nos últimos 15 dias. Apesar do alerta, população ainda não está economizando.
“Ele agora é iminente porque a situação se agravou muito. E o nosso pedido de redução do consumo não foi atendido”, desabafou o presidente da Companhia de Abastecimento (Cesan), Pablo Andreão.
Ele acrescenta que, além do consumo ter se mantido estável, não choveu no período. “E a temperatura está mais elevada”, disse.
Alerta
Há cerca de 15 dias a Cesan e a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) fizeram o alerta de que a situação enfrentada pelas regiões Norte e Noroeste do Espírito Santo havia chegado à Grande Vitória.
Nessas regiões existem 19 cidades em situação crítica, 13 delas (e 17 localidades) já convivem com o racionamento de água.
De acordo com Andreão, na última quinzena a empresa tem mudado a gestão do sistema (ritmo de operação, horários, escalas), mas vem esbarrando em um problema frequente: a redução do volume de água captada. “Temos capacidade de captar, mas não há água suficiente nos rios”, relata.
E a situação é mais grave, explica, no Rio Jucu, que não conta com um sistema de represamento. “Ele já está no limite”, diz Andreão. Diferente do Rio Santa Maria da Vitória, que conta com a represa Rio Bonito.
Chuva
Para o mês de setembro, a expectativa era de que chovesse dentro da média ou até um pouco abaixo e a temperatura permanecesse alta.
Mas, tradicionalmente, já é um mês de pouca chuva, oscilando em até 90 milímetros, de uma média máxima de 300 milímetros, segundo as previsões do Centro de Meteorologia do Incaper.
A expectativa é de que a situação mude em outubro, principalmente na segunda quinzena, com chuvas de até 120 milímetros.
“Estamos vivendo a maior crise hídrica do estado, que está se agravando cada vez mais. Nossa expectativa é que chova em outubro, como previsto, caso contrário, vamos virar um deserto”, pondera Pablo Andreão.
Chuvas fortes só devem ocorrer em novembro, de até 250 milímetros.
Vazão
De acordo com informações do site da Agerh, as vazões dos dois rios que abastecem as cidades da Grande Vitória caíram até o dia 12 de setembro, última medição realizada. Os dois já estão com medidas bem abaixo do limite crítico.
No Rio Jucu a vazão caiu de 4.061 litros/segundo (31 de agosto) para 3.841 litros/segundo (12 de setembro).
No Rio Santa Maria da Vitória a redução foi de 2.359 litros/segundo (31 de agosto) para 2.234 litros/segundo (12 de setembro). O que reforça, segundo Andreão, a necessidade de se economizar água.
Economia
Cerca de 7,5 bilhões de litros de água foram economizados de janeiro a julho de 2015 nos 52 municípios abastecidos pela Cesan. O volume, considerado baixo, se manteve no mesmo período deste ano.
Feriado
De acordo com o presidente da Cesan, Pablo Andreão, não houve redução do consumo de água na Grande Vitória nem mesmo durante o último feriado de setembro.
Vazão
No Rio Jucu a vazão caiu de 4.061 litros/segundo (31 de agosto) para 3.841 litros/segundo (12 de setembro). No Rio Santa Maria da Vitória a redução foi de 2.359 litros/segundo (31 de agosto) para 2.234 litros/segundo (12 de setembro).
Setembro
Segundo as previsões do Incaper, para setembro, era de que chovesse dentro da média ou até um pouco abaixo, no máximo 90 milímetros, e a temperatura permanecesse alta.
Chuva
Para outubro o quadro deve mudar, com chuvas de até 120 milímetros, na segunda quinzena. Só em novembro deve-se registrar chuvas fortes, de até 250 milímetros.
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