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A transformação do modelo de distribuição de seguros alia tecnologia e comodidade. Finalmente, começamos a enxergar essa possibilidade também no mercado de seguro residencial. O segmento vive momento de disrupção e terá que se adaptar às revoluções tecnológicas impostas a um mercado em constante evolução.
A oferta de seguro residencial, tradicionalmente limitada aos corretores e, principalmente, aos agentes financeiros imobiliários, agora tem também vez nas chamadas “casas conectadas”. As residências que usam IoT (internet das coisas) e contam com a inteligência artificial como aliadas na proteção contra furtos e roubos.
O avanço do 5G irá acelerar a implementação das cidades inteligentes e dos lares conectados com dispositivos de segurança. O conceito de cidades inteligentes tem o potencial de transformar uma série de serviços públicos e privados, incluindo sistemas de transporte, câmeras de segurança, iluminação e semáforos, dentre outros serviços.
Nos Estados Unidos, mais de 50% das casas já possuem automação ou dispositivos smarts. As residências norte-americanas têm, em média, oito equipamentos inteligentes. Segundo estudo recente da eMarketer, empresa de pesquisa de mercado, 64,1 milhões de casas dos EUA contarão com um dispositivo doméstico inteligente até 2025!
Esses números impressionantes, que ratificam o crescimento acelerado da IoT, coloca o seguro residencial inteligente, que alia contexto, tráfego e dados, como realidade nos Estados Unidos. Os clientes já podem até adquirir seguros via plataformas digitais por voz, como Alexa e Google, em poucos minutos e de forma prática e eficiente, sem sair de casa.
Na Europa o cenário é semelhante. A estimativa é que existam cerca de 50 milhões de lares conectados com dispositivos inteligentes, segundo dados da Berg Insight, consultoria especializada nos mercados de M2M e IoT. As câmeras de segurança estão entre os itens preferidos dos usuários.
Seguro residencial: Como anda o mercado no Brasil?
No Brasil, no qual um dos maiores ofensores dos seguros residenciais é o roubo, claramente uma das principais plataformas que possibilitará esta transformação são os equipamentos de segurança eletrônica. O mercado de dispositivos de proteção cresceu mais de 10% ao ano nos últimos cinco anos e já atende milhares de residências. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), o setor faturou R$ 9 bilhões em 2021.
Num país onde a violência assusta e cresce a cada ano, o mercado de seguro residencial se conecta aos alarmes com câmeras, equipamentos touchless, câmeras com reconhecimento facial, drones e outros dispositivos, buscando oferecer experiências digitais. É a plataforma ideal para a oferta de seguros a preços competitivos, comodidade e alta tecnologia!
Além da riqueza de dados proporcionados pela internet das coisas, os elementos de mensuração e mitigação de riscos impulsionam a oferta contextualizada, simples e digital. O foco principal desse mercado em expansão são os clientes de classe média do nosso país.
Diante do avanço da tecnologia, crescem os incentivos para proprietários de residências que usam tecnologia inteligente. Algumas seguradoras recompensam os proprietários com tecnologia inteligente, reduzindo seus prêmios. Em alguns casos, os descontos para usuários de dispositivos eletrônicos podem chegar a 20% do prêmio. Outras até subsidiam o custo da instalação e manutenção dos dispositivos, ou até mesmo pagam para instalá-los.
Dentre os recursos inteligentes mais comuns que as seguradoras desejam que os segurados adquiram estão detectores de fumaça, monitores de água e sistemas de alarme. Os dispositivos proporcionam proteção extra ao segurado e reduzem de maneira significativa os riscos de sinistro.
Neste contexto de disrupção, as seguradoras precisam se adaptar a esse novo universo, que veio para ficar e revolucionar o mercado que conhecemos atualmente. A tecnologia deve ser vista como uma aliada, e não como concorrente. Afinal, os dispositivos eletrônicos têm o potencial de agregar ainda mais valor ao seguro residencial, reduzindo riscos e custos. Não há tempo a perder. O futuro é tecnológico!
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