Balão em chamas atinge prédio em São Paulo: como o seguro agiria neste caso?

CQCS l Ítalo Menezes

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Na noite do último sábado (10), um balão em chamas atingiu um prédio no bairro de Arujá, região metropolitana de São Paulo. O ocorrido foi filmado por moradores do local. Especialista destaca o difícil gerenciamento de risco do seguro em casos como este. As informações são do site R7.

Nas imagens realizadas por moradores da região, é possível ver o balão de ar pegando fogo, intensamente, enquanto cai em cima de um prédio. Segundo o Corpo de Bombeiro, o artefato caiu na área de um hotel e ninguém ficou ferido. Nos últimos segundos do vídeo, as chamas vão se apagando conforme o balão queima, porém ainda ficam alguns focos de incêndio sobre o edifício. Em outra filmagem, gravada por uma testemunha, pedestres afirmam que conseguiram extinguir totalmente o fogo.

Em artigo veiculado pelo CQCS no mês de maio, na coluna ’Saber Sabendo – Ensinando e Aprendendo’, o professor e utivo do Mercado de Seguros, Sérgio Ricardo, frisou que além dos riscos ao patrimônio e as pessoas, situações como essa afastam os que desejam empreender no país, porque são riscos a que as empresas não estão sujeitas em outros lugares. “Para gerenciar o risco é muito difícil, porque não se domina a origem dos eventos. Talvez, a legislação ainda seja muito branda a esse respeito e as pessoas contem com a impunidade, mas as consequências podem ser inimagináveis”, disse.

Sérgio também destacou a cobertura do seguro nestes casos. “Claro que seguros empresariais, de condomínio e residenciais podem cobrir os prejuízos, mas além de contratar seguros, a sociedade em geral tem muito mais a fazer para inibir esses atos de irresponsabilidade. Não se trata apenas de campanhas de conscientização isoladas, apenas, porque todo mundo sabe o que uma queda de balão pode trazer de prejuízos, mas de ações que visem responsabilizar e punir os envolvidos”, concluiu.

Em entrevista ao CQCS, o advogado, Corretor de Seguros e Diretor do Sincor-DF, Dorival Alves, citou a cobertura do seguro no referido caso. “Se um balão cair em sua casa, tendo um seguro residêncial, estará coberto em caso de incêndio. Mas, se o proprietário da casa não possuir seguro residencial, fica a pergunta: De quem é a responsabilidade pelos prejuízos causados pelo balão? Se o sinistro ocorrer em uma empresa segurada, o seguro cobre os danos materiais causados à empresa por incêndio. Essa cobertura poderá amparar tanto a estrutura física quanto o mobiliário e as mercadorias, respeitando os limites e condições contratadas com a cia. seguradora”, afirmou.

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, n° 9.605/1998, é proibida a fabricação, a venda, o transporte ou a soltura de balões que possam provocar incêndio em áreas de vegetação ou urbanas. A pena é de um a três anos de prisão ou multa.

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