CQCS l Ítalo Menezes
Na última segunda-feira (26), na cidade de Campo Grande (MS), uma pane elétrica no motor de um carro causou um incêndio de grande proporção. As chamas destruíram completamente um Ford Fiesta de um pequeno empresário e ainda atingiu um outro veículo próximo ao local. O Ford, avaliado em R$ 25 mil, não possuía seguro e transformou-se em uma sucata de R$ 450,00. As informações são do site Campo Grande News.
De acordo com Lucas Fernando Costa, proprietário do veículo onde originou-se o incêndio, o automóvel nunca apresentou problemas. Ele relembra que ficou desesperado ao ver as chamas atingindo o outro veículo estacionado porque ambos não possuíam seguro.
Devido à situação do carro ter sido totalmente destruído após o incêndio, Lucas vendeu a carcaça do veículo ao ferro-velho. Há alguns dias, ele havia feito um orçamento e o Fiesta foi avaliado em R$ 25 mil. No fim, o empresário assistiu o carro virar sucata de R$450. Agora, Lucas batalha para conseguir mais clientes que ajudem a custear o conserto do seu e do outro veículo prejudicado.
Em entrevista ao CQCS, o Advogado, Corretor de Seguros e Diretor do Sincor-DF, Dorival Alves, destaca que o seguro auto é extremamente importante ao adquirir um veículo, pois o mesmo está sujeito a inúmeros riscos como colisão, incêndio, roubo e furto, atropelamento, danos materiais causados a terceiros, danos morais, desastres naturais dentre outros riscos. “Caso o proprietário do veículo não conte com a proteção de uma apólice de seguro automóvel terá que arcar com todo prejuízo, se algo acontecer”, disse.
O especialista destaca que diferentemente de muitos países do mundo, o Brasil não obriga os motoristas a fazer o seguro de automóvel. E por isso, que apenas cerca de 20 % das pessoas que têm veículo contrata uma apólice de seguro automóvel, mas também pesa nessa balança o fato de que muita gente não entende como funciona um contrato de seguro ou não tem a dimensão dos gastos que estão sujeitas se ficarem descobertas. “Muita gente acaba se arriscando e opta pela não contratação de uma apólice de seguro, como o jovem empresário de Campo Grande (MS), que vivenciou a perda total do seu veículo e também, terá que arcar com o prejuízo do outro veículo”, pontuou.
Com relação ao incidente ocorrido em Campo Grande (MS), Dorival Alves, frisa como o seguro agiria: “Se o veículo tivesse uma apólice de seguro a seguradora iria indenizá-lo. Se o prejuízo provocado
pelo incêndio for igual ou superior a 75% da garantia, é caracterizado pela seguradora como perda total, o proprietário do carro seria indenizado até o limite da Tabela Fipe. Normalmente, quando se contrata uma apólice de seguro para automóvel, é contratado a cobertura de Responsabilidade Civil Facultativa
Veículos – RCF-V, que garante cobertura para danos materiais e danos corporais causados a terceiros, sendo assim, o empresário do acidente de Campo Grande, também seria poupado dos custos referentes ao outro veículo atingido”, finalizou.
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