O Tempo
Diversos fatores são levados em consideração pelas seguradoras, como o perfil do condutor e o histórico de envolvimento em ocorrências de trânsito
O preço do seguro de veículos não é tabelado e vários fatores interferem no valor que o proprietário do carro vai pagar, como sexo, estado civil, idade, tempo de carteira de motorista, número de horas que o automóvel fica na rua e a região onde o dono do veículo segurado mora. Em Belo Horizonte, o seguro também sai mais caro para as pessoas que moram nos bairros mais próximos de vias que podem ser usadas por ladrões para fugir da cidade.
“Vão ter determinados bairros onde há muitas vias de escape, como os que ficam perto do Anel Rodoviário e de rodovias, onde o assaltante pode roubar o veículo e fugir sem grandes problemas. Esses bairros tendem a ter uma frequência maior de roubos. É uma das variáveis que a gente leva em conta para poder precificar o seguro”, afirma Igor Passos, do SindiSeg-MG.
Como as mulheres geralmente se envolvem menos em acidentes e outras ocorrências de trânsito do que os homens, segundo as estatísticas das seguradoras, o seguro é mais barato para elas. E os solteiros também pagam um valor maior.
“As seguradoras levam em consideração o perfil do condutor. Se é mais jovem, se é homem ou mulher, se é solteiro ou casado. Até o estado civil conta. Em tese, se você é solteiro, vai sair mais com o veículo, vai pra show à noite e deixa o carro estacionado em lugar perigoso. Ou é estudante, vai para a faculdade e deixa o carro na rua. Em geral, o solteiro tem um comportamento de riscos diferente do que o casado, que costuma ter uma idade um pouco mais alta (mais de 30 anos), um comportamento mais familiar, sai menos. Por mais que a gente faça um perfil detalhado, também avaliamos o comportamento médio das pessoas”.
Uma curiosidade é que homens divorciados também pagam mais caro pelo seguro. “O divorciado é como o solteiro, com uma tendência de comportamento de risco mais agravado”.
Confira abaixo critérios para definir preços dos seguros:
– Preços dos veículos
– Índice de sinistralidade (acionamento do seguro)
– Perfil do condutor
– Idade
– Tempo de carteira de motorista
– Estado civil (solteiros e divorciados pagam mais caro do que solteiros)
– Experiência no trânsito
– Histórico de ocorrências
– Utilização do veículo (tempo que o carro fica parado ou em movimento na rua)
– Local de pernoite (região onde o proprietário do veículo mora)
– Coberturas contratadas
– Franquia
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