Multa para quem beber e dirigir passará para R$ 5,8 mil

Tatiana Moura | online@redegazeta.com.br

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Valor é para motoristas reincidentes nesse tipo de infração

A partir do dia 1° de novembro, o cerco não vai se apertar somente para os motoristas que não desgrudam do celular. Aqueles que insistem na trágica mistura álcool e direção, igualmente, podem preparar o bolso. A multa para quem for pego dirigindo embriagado, passará dos R$ 1.915,40 para R$ 2.934,70. Para quem for reincidente, a penalidade chegará aos R$ 5.869,40.

Até o último mês de julho, a mistura álcool e direção causou 22 acidentes, que terminaram com oito mortos e 23 feridos graves, nas rodovias federais que cortam o Estado. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Já dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), revelam que no ano passado foram aplicadas 2.954 multas dessa natureza. Ainda de acordo com órgão esse tipo de infração figura entre as dez principais penalidades mais cometidas no Estado.

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Transitar em velocidade superior à máxima permitida para a via está no topo das dez infrações mais cometidas no Espírito Santo. Somente em 2015 foram aplicadas 418.656 multas por esse motivo, segundo o Detran.

Essa é uma infração grave que terá um reajuste de 52%, e com as alterações no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) passará dos atuais R$ 127,69 para R$ 195,23.

As multas não sofriam reajustes desde 2002, quando os valores atuais foram fixados. De acordo com o diretor de Habilitação e Veículos do Detran, José Eduardo de Souza Oliveira, o reajuste se dará em razão da extinção da Unidade de Referência Fiscal (UFIR) usada para estipular os valores.

Motorista que segurar celular será multado

“Os valores atuais foram estipulados na UFIR, que já não existe, e até por isso, esses valores ficaram tanto tempo sem sofrer reajuste. Com a revisão de alguns critérios do Código de Trânsito, os valores serão alterados e ficará à critério do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) fazer a regulação”.

Álcool e celular têm o mesmo efeito no trânsito

O chefe do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional e diretor de comunicação da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues, afirma que o álcool e o celular contribuem de forma semelhante para o aumento do número de acidentes de trânsito.

“Pois atuam inibindo a atenção, a concentração, a visão, a audição e a resposta motora, que fica retardada. Com esse retardamento, o condutor pode colidir com um poste, muro, pedestre ou qualquer obstáculo que se coloque à frente. Ambos atuam inibindo ações necessárias para uma direção segura”, conclui.

Ele argumenta que é preciso “mexer” no bolso com o intuito de sensibilizar o condutor para um trânsito mais consciente. E, para além disso, defende os reajustes, por acreditar que os valores atuais das multas são incompatíveis com punições severas.

“Defendo a elevação dos valores da multa, e acompanhando isso, deve-se haver a elevação dos pontos por cada multa cometida, e os Detrans precisam convocar esses indivíduos, que atingem a pontuação máxima, para uma reciclagem, pois muitos não têm nem o básico, que é a gentileza, a educação e a cidadania no trânsito”, frisa Rodrigues.

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