Seguro Auto, Associação Proteste, corretor Jorge Jaeger via Zero Hora
Abrindo mão de alguns benefícios, o valor pode ficar menor.
Praticamente inevitável em razão da onda de violência no Estado, a contratação do seguro de carro pode ter um peso mais leve bolso se algumas providências forem tomadas. Cada cliente recebe da seguradora uma avaliação de seu perfil e o do automóvel, que influenciam diretamente no preço da proteção. Guardar o carro em uma garagem, instalar um rastreador veicular e viver em regiões mais seguras da cidade são variáveis que podem reduzir o preço da apólice.
– Se for apenas para baixar o preço do seguro, é preciso calcular o custo-benefício de cada proteção. Por exemplo, um rastreador reduz um pouco o preço do seguro, em compensação, traz um gasto adicional de cerca de R$ 1 mil por ano – analisa Jorge Jaeger, corretor da J. Jaeger Seguros, de Porto Alegre.
O mesmo raciocínio vale para o aluguel de um box para deixar o carro à noite, por exemplo. Algumas peculiaridades no uso também interferem no preço. Pessoas que dirigem apenas aos finais de semana expõem o carro ao risco por menos tempo e pagam menos. Por outro lado, quem empresta o veículo aos filhos na casa dos 20 anos, paga mais caro. Carros importados, que têm peças mais caras e difíceis de encontrar, têm cobertura mais dispendiosas.
Em Porto Alegre, bairros da Zona Norte como Higienópolis, Sarandi e Cristo Redentor, com índices (ainda mais) alarmantes de roubo, têm seguros salgados, conforme o corretor Jorge Jaeger.
A renovação da cobertura também passa por uma avaliação do histórico do cliente. Quem não utilizou o serviço recebe um “bônus” na cobertura, proporcional a cada ano de vigência do seguro sem sinistro, de forma cumulativa. O inverso ocorre para cada sinistro registrado. A pessoa retrocede uma classe na renovação da apólice se tiver batido o carro, causado danos ao terceiro ou acionado a cobertura em razão de assalto.
– A diferença de preço para quem acumula bônus pode chegar a 50% em relação ao que custaria um seguro novo – afirma Jaeger.
7 DICAS PARA BARATEAR O SEGURO 1. Avalie abrir mão da proteção para itens como vidros, lanternas, faróis e retrovisores. Abrir mão de opção como carro extra também é uma alternativa para pagar menos. 2. Caso a residência ou o trabalho possuam garagem, a redução no valor pode chegar a 15%. 3. Famílias que possuam mais de um veículo podem até dispensar o carro reserva e o serviço de guincho. 4. Sempre pesquise em outras seguradoras para ter certeza se está renovando pelo melhor preço. 5. Carros importados, principalmente com muitos anos de uso, são mal vistos pelas seguradoras, em razão da dificuldade em encontrar peças de substituição. 6. Só adicione ao seguro pessoas que dirijam o seu carro com certa regularidade. Acrescentar um filho que raramente usa o carro pode encarecer a apólice sem necessidade. 7. Avalie se vale a pena o uso de um rastreador reconhecido pela seguradora. Há custo mensal, mas o valor da apólice cai.
FIQUE ATENTO – O seguro do veículo não precisa ser renovado com a mesma seguradora para conseguir um desconto, já que o bônus está vinculado ao contratante. – Motoristas entre 18 e 25 anos são considerados mais propícios para ocorrência de acidentes, portanto, pagam mais pelos seguros. – Mulheres, por outro lado, são vistas pelas seguradoras como mais precavidas na direção, e pagam menos pela apólice. – Áreas de risco costumam ter preços maiores para o seguro. Em Porto Alegre, a Zona Norte é considerada mais perigosa e onde há mais dificuldade em recuperar carros, pela proximidade com desmanches.
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