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Relatório de consultoria mostra o impacto que as novas tecnologias veiculares representam no setor de seguridade
Mercado que atualmente é estimado em US$ 200 bilhões ao redor do mundo, o negócio das seguradoras de automóveis parece seriamente ameaçado no longo prazo, segundo estudo da consultoria The Boston Consulting Group (BCG) que envolveu utivos das segurados, fabricantes de veículos e provedores de tecnologia em 11 países além de consumidores de seguros nas mesmas regiões.
De acordo com a pesquisa, a combinação entre novas tecnologias, como os assistentes de condução mais modernos que podem até mesmo frear ou movimentar o volante, as novas regulamentações e mudanças sociais podem significar uma redução do mercado de seguros para veículos de até 84% em 2040 nos mercados maduros como Europa, Japão e EUA. O BCG alerta, contudo, que esse seria o “pior cenário” traçado pelos analistas. Os carros autônomos, que deverão estrear já na próxima década, também ajudam nesse conta por afastar o “risco humano” na condução.
No fator social, o levantamento revela que nos países pesquisados 84% dos consumidores gostaria de utilizar mais táxis caso eles fossem mais baratos. Além disso, 60% das pessoas ainda investiriam em um automóvel próprio mesmo que o uso não fosse diário. No mundo, cerca de 25% dos entrevistados mostraram-se dispostos a abandonar a posse de um carro. Por outro lado, no Brasil, 80% das pessoas declararam que não pensam em ficar sem carro.
Por isso, ao contrário dos países maduros, o relatório aponta que as empresas de seguro terão nos países emergentes como o Brasil uma fonte mais segura de renda nos próximos anos. A China, por exemplo, deve passar da concentração de 13% do mercado de seguros para automóveis no mundo para algo em torno de 20% por volta de 2025.
O próprio negócios dos seguros, por exemplo, deve mudar bem daqui para frente. Com cada vez mais informações disponíveis sobre os consumidores, hábitos dos motoristas, automóveis e etc., a ideia é que as empresas possam criar produtos cada vez mais dedicados à diferentes tipos de clientes. Pela pesquisa do BCG, 50% dos jovens motoristas declarou que pensa em adquirir seguros de novas empresas do setor, geralmente que nasceram na era da internet e focam em ferramentas digitais.
Partindo para o futuro, uma conclusão interessante do relatório é que 54% dos entrevistados se declararam seguros para pegar uma carona em um carro autônomo, enquanto 52% considerariam comprar um carro do tipo. Porém, para 40% dos participantes, o que mais preocupa em relação aos carros autônomos é a segurança de que o sistema funcionará sem qualquer tipo de problema.
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