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O período de férias chegou e com ele alguns gastos como a revisão do carro, viagem, além das contas, que não param para dar um alívio no saldo. Em janeiro, os impostos e o material escolar chegam para dar início ao novo ano. Ou seja, o consumidor precisa estar atento para não passar sufoco neste período.
Para o professor de finanças do ISAE- Escola de Negócios, Pedro Salanek, de 2 anos para cá, a dificuldade de acesso ao crédito e o desemprego aumentaram consideravelmente, o que fez com que as famílias passassem por uma readequação em seu planejamento financeiro. “Deve-se buscar uma reavaliação daquilo que é suficiente para aquisição, tanto de bens de consumo como também dos bens duráveis. Um controle antecipado daquilo que poderá ser gasto é obrigatório de tornar-se realidade nesse período, isso envolve inclusive uma mudança de cultura e disciplina financeira do brasileiro. A questão não é quanto ganha, mas sim quanto gasta”, afirma o professor.
Em janeiro, há uma série de tributações e despesas: IPTU, IPVA, material escolar e o cartão de crédito utilizado no mês anterior são os principais vilões, por isso, Salanek alerta que é preciso ter uma visão dos gastos futuros e segurar no freio quando o assunto é gastar. “Poderíamos até imaginar como se fosse uma despesa antecipada e já guardar dinheiro pra ela agora. O planejamento financeiro deve ser de médio prazo, ou seja, não podemos nos programar apenas com os valores gastos no momento e sim com aquilo que gastaremos nos próximos meses. Se não tiver previsão suficiente de recebimento de recursos no futuro, não terá como honrar esta previsão do pagamento das despesas”, coloca.
O planejamento é a saída para não ser surpreendido nestes períodos de maior consumo. Por isso, criar uma planilha com os gastos é necessário para ter tudo sob controle. Ter uma reserva para equilibrar as finanças, pode sim ser uma saída, pois reter uma pequena fonte por mês, não pesa no bolso e ajuda em situações críticas. “Quando você recebe o dinheiro, automaticamente um percentual deve ser separado dos gastos diários como reserva mesmo. Deve ser guardado em uma conta que você não movimenta rotineiramente (poupança, por exemplo) e considerar como se fosse um pagamento efetuado. Comece a fazer isso com 3%, 5% daquilo que você ganha, e quem sabe no futuro você estará aumentando essa alíquota”, finaliza Salanek.
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