Uso incorreto das cadeirinhas pode provocar tragédias

Revista Apólice

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Diferenças entre estruturas dos equipamentos requer mais atenção dos pais e responsáveis

As estatísticas comprovam a importância do uso das cadeirinhas para o transporte de crianças. De acordo com a Polícia Federal, desde a obrigatoriedade do uso do acessório em carros houve uma redução de 40% no número de crianças mortas ou feridas em acidentes de trânsito. E não para por aí: uma determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), definiu que a partir de 2020 todos os automóveis vendidos no País deverão ter pontos de fixação para cadeirinhas infantis, o chamado isofix, um equipamento mais avançado de retenção infantil.

Obrigatório na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá, dentre outros países, esse sistema de ancoragem é formado por alças afixadas diretamente à estrutura do veículo que seguram as cadeirinhas de maneira firme e evitam deslocamentos que podem ser perigosos no momento de algum acidente. Vale lembrar que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, transportar crianças em veículo automotor sem a devida segurança estabelecida configura-se como infração gravíssima, com aplicação de multa e até mesmo a retenção do veículo pelo Detran até a regularização do problema.

“Devemos registrar ainda menos acidentes graves envolvendo crianças no trânsito, agora que os novos modelos de veículos vendidos no Brasil devem obrigatoriamente oferecer o sistema isofix de fixação de cadeirinhas e dispositivos de retenção infantil” – diz Maurício Monducci Jr., CEO da Isofix Brasil, empresa mineira especializada em equipamentos para segurança automotiva.

Apoiado pelas estatísticas positivas dos países que já privilegiam este padrão, para Monducci a vantagem do isofix é a facilidade na utilização. “Equipamentos de segurança automotiva para bebês e crianças geralmente vinham acompanhados de um conjunto de instruções extenso e, às vezes, bastante complicado. O isofix é um sistema mais simplificado e mais seguro, pois ele está fixado ao veículo e não apoiado no cinto de segurança como o sistema tradicional.”

A preocupação com a segurança das cadeirinhas tem um grande motivo. No Brasil, os acidentes de trânsito ainda são a principal causa de morte entre crianças até 14 anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, somente em 2016, aconteceram 1292 acidentes de trânsito fatais envolvendo crianças e adolescentes. Felizmente, esse número vem caindo a cada ano. Segundo acompanhamento anual realizado pela ONG Criança Segura, de 2015 para 2016, o registro de óbitos infantis por motivos acidentais diminuiu cerca de 4%.

Por cada veículo ser diferente um do outro, a atenção com os acessórios deve ser redobrada, já que a instalação das cadeirinhas pode variar. Pequenas diferenças estruturais podem deixar o equipamento frouxo e inseguro para os pequenos. “Todo cuidado é pouco. Se as instruções indicarem o uso dos pontos de ancoragem inferiores e superiores é preciso segui-las à risca. Se um assento de elevação pede apenas o uso da fixação inferior, esta é a melhor opção. Um ponto mal ancorado pode comprometer toda a segurança do equipamento e, consequentemente, o produto pode não proteger corretamente a criança.” – complementa Maurício.

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