Morte de pedestres no trânsito registra queda de 19%

ONSV - Observatório Nacional de Segurança Viária

Compartilhe nas redes:

No ranking mundial de mortes em decorrência de acidentes de trânsito baseado em dados de 2010, o Brasil ocupa atualmente o terceiro posto, atrás apenas da China e da Índia. Mas um segmento, apesar de ainda registrar elevado número de casos, obteve queda no período entre 2010 e 2014: o de pedestres.

Análise dos números consolidados de mortes no trânsito disponibilizadas pelo DataSUS referentes ao ano de 2014, apontam queda de 19% no número acidentes fatais envolvendo pedestres.

De acordo com dados do portal SOMA, do ONSV (OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária), perderam a vida no trânsito brasileiro em 2010, 9940 pedestres. Em 2011 o número caiu para 9240 e, em 2012, para 8820. Já nos anos 2013 e 2014, os acidentes fatais envolvendo pedestres registraram, respectivamente, um total de 8220 e 8080 casos.

Embora a soma total de mortes (8080 casos) seja expressiva, a redução é igualmente significativa e pode ser atribuída a algumas ações que colaboraram para que ocorresse. Na avaliação de Renato Campestrini, responsável pela área de Desenvolvimento e Pesquisa do ONSV, o início da propagação de campanhas destinadas à conscientização dos condutores de veículos sobre o respeito aos pedestres, em várias cidades do país seguramente teve influência na queda.

Outro ponto destacado por ele é a fiscalização da prioridade do condutor para o trânsito dos pedestres. ‘Só na cidade de São Paulo, o número de autuações nesse sentido quase foi multiplicado por dez”, destaca Campestrini.

Ações que reduzam o montante de acidentes de trânsito são fortemente defendidas pelo ONSV, que atua, inclusive, no sentido de fomentá-las. “Não é possível que convivamos com o alto número de mortes decorrentes de acidentes de trânsito. Temos de nos lembrar, sempre, que não é o carro, a motocicleta, ou o ônibus, que mata. Quem mata é a pessoa que está conduzindo. E que a redução depende de ações simples adotadas também pelos condutores”, destaca José Aurelio Ramalho, diretor-presidente do OBSERVATÓRIO.

Voltar