Corretor é fundamental para o avanço do mercado

CQCS | Sueli

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Durante entrevista coletiva nesta terça, dia 11, o presidente da CNseg, Márcio Coriolano disse que a expectativa é fechar 2018 com crescimento nominal de 3,1%, e arrecadação de R$ 442,1 bilhões. Ele destacou que os números mostram que o setor segurador conseguiu mostrar sua força mais uma vez apesar do cenário desafiador. “Houve reposicionamento de produtos, diversificando o mercado, como a maior penetração de seguros de vida risco, residencial e garantias judiciais. Além da média de crescimento, é preciso olhar as mudanças entre os ramos de seguros”, destacou.

Ele lembrou que a falta de poder de compra da população impede um melhor desempenho. “É preciso reconhecer que apesar dos problemas, o mercado de seguros foi muito bem”, disse. Ele destacou que os ramos elementares foram o grande destaque, com mercado de auto mostrando recuperação.

Apesar de o Brasil ser a oitava economia do mundo, e o 12º colocado no ranking de seguros e 45º em arrecadação per capita em seguros, o que mostra que o país tem um grande potencial ainda de crescimento. Apenas 30% da frota de veículo nacional ter seguro, 14% das residências com proteção securitária e 24% da população coberta por plano de saúde privado. Em previdência, o potencial é ainda maior. Apenas 9% da população em idade ativa ou 13% da economicamente ativa possui planos de previdência privada. Outros nichos potenciais são de seguro para pequenas e médias empresas, de seguro que envolvam o agribusiness e planos odontológicos.

O dirigente da CNseg disse aos jornalistas presentes na coletiva que a entidade já apresentou planos para ampliar os seguros inclusivos que são destinados a parcela de menor poder aquisitivo através da facilitação da contratação. E, nesse sentido, o corretor de seguros tem papel fundamental no mercado. Para Coriolano já está provado que independente do progresso tecnológico, não se afasta o corretor de seguros do processo de venda do seguro porque é produto complexo e só o corretor pode exercer o papel de consultor. “Ele deve, sim, se modernizar para chegar mais perto do consumidor”, destacou.

Coriolano disse que as perspectivas para 2019 são melhores: “A tendência, com um novo governo, é que os agentes tomem decisões de consumo e investimento mais eficientes. Já temos indicativos da melhora na confiança de empresários e de setores importantes como o de óleo e gás, por exemplo”, observa. Ele diz que, do lado das seguradoras, o objetivo é contribuir com medidas concretas, propostas pelos especialistas do mercado segurador, para a superação dos desafios que estarão diante dos eleitos a partir de 2019, como o ajuste fiscal e o encaminhamento das reformas previdenciária e tributária.

“O setor segurador é parceiro fundamental para contribuir com a agenda social e econômica do novo governo. Tem propostas e produtos capazes de cooperar com as demandas que surgirão, como a previdência privada e os investimentos em infraestrutura”, sublinhou.

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