Saiba em que casos o seguro do carro pode cobrir danos causados por alagamentos

G1

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Motorista deve ter bom senso ao atravessar uma rua alagada, pois a seguradora pode negar a indenização caso seja comprovada falha na conduta, segundo o advogado Felipe Torres.

As chuvas que atingem a Região Metropolitana do Recife têm deixado várias avenidas e ruas alagadas. Sem conseguir escoar com facilidade, a água acumula nas vias, provocando danos aos veículos. Algumas seguradoras oferecem cobertura contra alagamentos, mas a indenização pode ser negada caso seja comprovado que o condutor não evitou o acidente.

Entre os riscos de transitar por ruas alagadas, estão inundar a área interna do carro, molhar ou danificar os bancos e carpetes, além de prejudicar o funcionamento da parte elétrica do veículo. Em alguns casos, pode ocasionar problemas no motor, provocando a perda total do automóvel.

De acordo com o advogado Felipe Torres, o tipo de seguro de veículos contra alagamentos é chamado de cobertura compreensiva. “Além dos danos normais, como por exemplo, colisões, furto e roubo, as seguradoras também cobrem a submersão total ou parcial por água doce”, explica.

O contrato desse tipo de seguro é semelhante ao da colisão. “Vai analisar se essa água causou um prejuízo que deu perda total ou parcial. E, a partir daí a seguradora vai cobrir esse risco”, conta o advogado.

Quem contrata o seguro deve ter cuidado ao se deslocar por uma via que esteja alagada, segundo o advogado.

“Você deve ter bom senso. Evitar ruas que estejam extremamente alagadas. Até por segurança sua e por segurança dos outros. Então, você passar por uma rua e verificar que essa conduta deu causa a um prejuízo de maior proveito, é possível que a seguradora negue”, afirma.

Outra orientação do advogado é chamar um reboque assim que perceber que o carro parou de funcionar em meio a uma rua alagada. Dessa forma, o veículo pode ser retirado da zona de risco.

“Se por um acaso você está numa situação que percebe que é extrema, eu aconselho que você desligue o carro e tente entrar em contato com a seguradora e não passe por uma via que você considere como muito perigosa”, diz.

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