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O segundo painel do dia foi mediado por Antonio Penteado Mendonça e reuniu presidentes de seguradoras que falaram sobre o futuro do mercado e a relação entre segurador e corretor de seguros.
Antonio Trindade, presidente da FenSeg, foi o primeiro a falar. Ele fez uma abordagem do mercado e citou alguns dos desafios do setor. “O mundo muda e precisamos tornar nossas operações mais eficientes”. Apesar do comentário de que o seguro auto está em queda, fez uma analise diferente: “Temos 70% de um mercado que precisa ser explorado”.
Vinícius Albernaz, presidente da Bradesco Seguros falou de macrotendências. Ele disse que hoje o mundo está focado em mudanças climáticas. “Em termos de tecnologia, há a questão dos riscos dos dados. Mudanças sociais e demográficas, como a questão da longevidade”, afirmou.
Segundo ele, no ambiente de negócios, os desafios são distintos. “A presença do risco é matéria prima para os seguradoras. São riscos e oportunidades. É preciso identificar novas necessidades de proteção”. Ele definiu a criação de novos produtos como desafio. Por isso, ele afirmou ser fundamental estabelecer a parceria estratégica com o corretor de seguros. “Devemos oferecer infraestrutura adequada para que ele possa exercer esse papel”, disse.
Para Francisco Cayubi Vidigal, CEO da Sompo, hoje vejo que o corretor de seguros é mais forte e necessário para o mercado. “A primeira coisa que eu vejo é que a relação do corretor com as seguradoras e com o consumidor vai durar por muito tempo”, afirmou. Ele disse que a penetração do seguro é pequena porque é preciso conhecer muito bem o cliente. “Temos que trilhar para outros ramos em que estão as necessidades dos clientes. Novos riscos que estão aparecendo. O seguro cada vez mais precisa ampliar é ver o que podemos fazer”, ressaltou.
Para ele, o corretor precisa saber como contatar o consumidor. “As pessoas mais velhas pode ser por telefone, os mais novos não gostam dessa abordagem. Quando falamos de tecnologia pensamos em Insurtech. Estamos olhando em inovação e tem muita coisa também para os corretores. Gosto de falar de treinamento porque a capacitação é vital. Seguradores corretores devem correr atrás disso”, ressaltou.
O presidente da Sompo disse ainda que as seguradoras precisam que o corretor vá atrás de novas oportunidades. “A economia compartilhada é uma tendência e precisamos lidar com isso”, destacou.
Já o presidente da Tokio Marine, José Adalberto Ferrara, foi o último a falar. Ele ressaltou que que a carteira de auto passa por uma transformação e lembrou que 70% da frota nacional não tem seguro. “Será que podemos desenvolver algum algum produto que possa atender esse mercado?”, questionou. Ele disse ainda que a Tokio Marine tem grupos de discussão com alguns corretores para discutir formas de melhorar os produtos.
Ferrara contou que no Japão, pesquisas apontam que riscos cibernéticos tendem a ser protagonista do mercado de seguros. “Olhem com atenção nesse setor. Nós, como seguradores, a ficamos incitados a pensar. Teremos novas seguradoras, insurtechs no mercado. Eles vão manter o compromisso com os corretores? O ecossistema atual de corretores e assessorias será mantido pela Tokio Marine”, assegurou.
Ferrara disse ainda que corretores precisam ajudar a crescer o mercado com capilaridade e sugeriu que os corretores coloquem mais pessoas vendendo seguros para eles. “De 9 milhões de apólice no sistema da Tokio Marine, 25% não teve participação de corretor. Os corretores podem aumentar a capilaridade usando agentes”, sugeriu.
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