Extra
Estima-se que apenas 15% das residências brasileiras possuam seguro residencial. Apesar de pouco comum, a contratação desse serviço não é cara e pode livrar o proprietário do imóvel de grandes prejuízos em caso de acidentes ou roubos.
Segundo a planejadora financeira Adriana de Lucca, as seguradoras cobram, por ano, em torno de 0,1% a 0,5% do valor do imóvel pela cobertura essencial. Isso quer dizer que, para uma casa ou apartamento avaliado em R$ 350 mil, por exemplo, o preço anual do seguro costuma ficar entre R$ 350 e R$ 1.750. O pagamento pode ser à vista ou parcelado. Se nenhum sinistro ocorrer dentro do prazo do contrato, a tendência é que, na renovação, o valor cobrado para o ano seguinte sofra redução.
O pacote básico do seguro residencial cobre danos causados por incêndios, queda de raios e explosão causada por gás. Entre os adicionais, estão coberturas para danos elétricos, desmoronamento, quebra de vidros, roubos e furtos, vendavais, chuva de granizo, alagamentos, queda de aeronaves e responsabilidade civil (por exemplo, se alguma estrutura da varanda cai e atinge um pedestre na rua, o seguro indeniza a vítima).
— A pessoa deve avaliar quantos componentes são necessários para ela e ir adaptando os valores de cobertura desejados. Se ela vive em um local em que nunca houve um vendaval, talvez esse item não valha a pena — orienta Adriana de Lucca: — O que encarece o seguro é o quanto a pessoa vai colocar de cobertura para roubo.
Vários fatores são levados em conta na avaliação da seguradora. Seguros de casas tendem a ser mais caros do que os de apartamentos. Se o imóvel fica em uma região com alto índice de roubos, o preço também se eleva. E quanto maior é o valor do imóvel, mais alto é o preço do seguro.
Uso no dia a dia
Assistências em emergências costumam ser oferecidas como bônus para os segurados. São serviços de chaveiro, bombeiro hidráulico, eletricista, vidraceiro e técnico em eletroeletrônicos.
— Todo mundo faz seguro de carro porque enxerga com clareza o risco de perda. Com o imóvel, o risco não é tão evidente, porque os sinistros são mais raros. No entanto, se acontecer um incêndio, por exemplo, o prejuízo financeiro é bem maior. Na minha opinião, vale a pena contratar o seguro residencial, porque é uma proteção, e o valor não costuma ser alto — analisa a planejadora financeira Adriana de Lucca, para quem o uso das assistências é uma forma de ver retorno do investimento no dia a dia: — Muitas pessoas esquecem de acionar o seguro nas pequenas emergências. Se o segurado tiver em mente que pode usufruir melhor do serviço, ele compensa ainda mais. É um produto que vai se pagando.
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