CNseg via Fenacor
Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, apresentada no 1º Seminário de Comunicação e Marketing da CNseg, indica que, de 2.549 pessoas entrevistadas que não possuem seguro, em nove capitais brasileiras, quase a metade (48%) nunca tiveram a cobertura de qualquer tipo de apólice. A desinformação desse público foi o que mais chamou a atenção no resultado.
Esse foi um dos destaques do evento, que reuniu integrantes da Comissão de Comunicação e Marketing da CNseg e suas equipes. Na ocasião, o presidente da entidade, Márcio Coriolano, afirmou que a grande prioridade – e o grande desafio – do setor de seguros é transformar a forma de comunicação com o público, simplificando a linguagem e facilitando a compreensão de seus produtos e serviços.
Coriolano citou ainda a resiliência do setor, que cresceu e se desenvolveu mais do que qualquer outro nos últimos anos: avançou muito acima do PIB entre os anos 2008 e 2013, resistiu à recessão até 2017 e chegou a 2019 em franca recuperação.
O presidente da CNseg destacou a importância das áreas de Comunicação e Marketing das seguradoras de acompanharem os movimentos do mercado para a geração de políticas mais assertivas, e acentuou que a confederação vem trabalhando com afinco na coleta, no tratamento e no compartilhamento de informações sobre o setor. Em seguida, o presidente da Comissão de Comunicação e Marketing da CNseg, Alexandre Nogueira, convidou os presentes a “criar o futuro do mercado segurador, que é desafiador, árido e mal compreendido.”
Ao encerrar o evento, a diretora de Relações de Consumo e Comunicação da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes, destacou a importância do conhecimento do imaginário e das expectativas da população sobre seguros. “A frustração do consumidor é o que cria a desconfiança. É preciso saber comunicar e esclarecer aspectos pouco compreendidos, como as exclusões, que existem em qualquer produto do mercado segurador”, disse.
Um interessante painel sobre propósito de marca, conduzido por Clarissa Biolchini sócia-fundadora da Archipelago – Inovação e Estratégia Criativa, listou os quatro desafios que considera principais para o setor de seguros:
Foco no cliente: entender profundamente o cliente e seus hábitos; acompanhar as etapas da vida do cliente.
Comunicação: abordagem técnica e complexa faz as mensagens não atingirem o potencial cliente de seguros.
Fatores culturais: o brasileiro tem a cultura do improviso, do não-planejamento. É difícil falar com ele sobre doenças e morte, e isso é agravado por uma abordagem normalmente pouco sensível.
Tecnologia: é preciso explorar o big data, de forma a promover serviços mais customizados. As empresas que já nasceram digitais, como as insurtechs, olham para a pessoa sabendo ler e interpretar seus dados.
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